quinta-feira, dezembro 25

Soneto da fidelidade.


De tudo, meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinícius de Morais

3 comentários:

Ana =) disse...

É manjado, mas é um dos mais bonitos que ele tem e dos meu favoritos tbm *_* (L)

Jaque disse...

belissimosíssimo :)

hehe

Marcinha Demartini disse...

É manjado, mas é um dos mais bonitos que ele tem e dos meu favoritos tbm *_* (L)
[2]
.... Acho digno postar esse soneto!